sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A "Jornalista" que não tinha Blog






Primeiro semestre de Jornalismo e descubro que - através dos semblantes de espanto de meus interlocutores, acompanhados, obviamente, dos "óhs!" de reprovação- "Jornalista? Tem que ter blog!".
Bacana. Mal adentro no universo jornalístico e já "como bola". Pior: Já inicío a pretensa carreira, atrasada (como aqueles repórteres estagiários do canal que leiloa gados e chegam sempre por último, conseguindo por fim, uma bela foto das costas do "fulano", não conseguindo sequer chegar perto do secretário, do secretário, do assessor do dito cujo - aliás, existem repórteres neste canal?) e pra um repórter, "time is money"- ou, ao menos, a garantia não tão garantida assim, de permanência no emprego e quizá, a tão aguardada chance de galgar os tão sonhados patamares do Jornalismo de Opinão.
Se fosse a um tempo atrás, quando o jornal era o único meio midiático de informação e disputava o público entre si, numa corrida maluca por manchetes, onde chegar primeiro era de vital importância, eu não poderia ser nem o garoto que distribuia os impressos, já que nesses tempos de ouro do jornal, tudo era válido para se conseguir a notícia em primeira mão, até acampar na Casa Branca, criando assim, a "Sala de Imprensa"- mas isto, já é assunto para outro post.
A verdade é que eu sempre fui meio atrasada. E pra um aspirante a jornalista isto é um grande problema, ainda mais hoje, que os avanços tecnológicos nos permite romper ainda mais os limites de espaço-tempo. Não que eu não goste de tecnologia, ao contrário, não sei viver sem minha tão amada Internet, não consigo ficar mais de 2 dias na zona rural e se pudesse, jogava cimento em tudo- tá, isso ai já é exagero. Eletrecidade, barulho, postes, calçada, sujeira, poluição, fast food, eu realmente tenho paixão pela beleza decadente das cidades, mas ao mesmo tempo, tenho uma carinho quase que nostálgico pelo passado, sendo este, um passado próximo ou distante, não importa, sempre acho mais bonito e melhor. Esta visão romântica do passado já me fez ter o guarda-roupas repleto de corsets, não admitir a entrada de algo com menos de 20 anos no meu mp3 player, virar uma missiva compulsiva, escrevendo cartas e mais cartas a punho para os mais longiguos côncavos perdidos do Brasil- e me fazer adquirir uma tendinite cronica. Mas a questão do atraso não se dá , em mim, apenas em quesito de gosto: Eu sempre, SEMPRE, em absoluto chego atrasada. Aliás, o verbo-adjetivo "Atrasar" já se tornou um substantivo próprio para me designar. Cod-nome Atrasada.
Este meu "probleminha" com o tempo, nunca me fez querer desistir do Jornalismo, aliás, é um "probleminha" que eu tento- juro que tento- sanar no meu dia-a-dia, usando de inúmeros truques, como atrasar todos os relógios da casa ( falho), mas já quis fazer outros cursos, admito, como história...
A verdade, sem mais rodeios, é que o fato, de eu até ontem, não possuir um blog, dava-se por dois motivos: o primeiro, é o fator tempo. Estudar, mas estudar de verdade, demanda de muita dedicação, o que pra mim, nunca foi um problema, por gostar e muito do meu curso. Além disso o meu curso é integral, abrangendo a tarde toda e eu, pra ajudar, comecei a trabalhar, ou seja, "No more time!". O segundo fator, e não menos importante, da-se ao fato de eu não me sentir capacitada a escrever algo em vias públicas. De lixo virtual a internet está cheia. Eu não estou nem perto de ser um jornalista, um escritor, um linguista ( sem trema, para minha tristeza) ou alguém hábil a escrever coisas, munida de mídia. Aliás, isto é uma das coisas que mais me incomoda atualmente: Pessoas que com o acesso fácil dessas mídias reproduzem ou produzem textos, blogs, vídeos, entre outros, sem o mínimo de bom senso, poluindo a Internet, que poderia/deveria ser uma fonte segura de pesquisa.
Faço, então, um apelo: Antes de criar um Blog, Twitter,ou qualquer registro virtual, pare, pense e pondere: " Será que seria mesmo de alguma utilidade pública, as pessoas saberem qual é o meu Jonas Brother favorito?". "Será que isso realmente importa para alguém?".
Ah sim, e "What a Hell" eu resolvi criar um Blog agora, deve ser a pergunta eminente- Não, eu não virei repórter/escritora/linguista do dia pra noite, infelizmente - O fato é que comecei a trabalhar a alguns dias, e meu querido boss, que foi um dos olhares de reprovação, que citei no começo do texto, me designou como primeira tarefa-após me dar um laptop verde, que mais parece uma torradeira- a criação de um blog.
Bom, chefe falou, tá falado. Aqui está ele e eu nem sei qual será a frequência ( buááá quero o trema!!!) das postagens, muito menos o conteúdo, aliás, nem sei se vai rolar mais alguma postagem. Se acontecer de eu postar mas algum texto, com certeza não se parecerá com este. Cronicas quem sabe? Dicas? Realmente não sei.
Só sei que serão carregados de mentiras. Ah! Sim!. Eu minto.

PS: Desculpem-me pelos erros ortográficos, má estruturalização de texto e não tão hábil domínio de lingua Portuguesa, estava ansiosa por postar o texto, pois quando criei o blog, havia aquela linda janela branca com o cursor piscando, e eu simplesmente não consigo não digitar quando isto ocorre. Não posso ver uma janelinha em branco! preciso preencher, preencher e preencher... ô mania! E tomar nota. Sempre.
Ah! e que Fernanda Mazza, não me mate.

Por hoje, sem mais.